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Argollo quer “fazer” em 30 dias o que não fez em 15 anos

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Desde que a Justiça reverteu as decisões arbitrárias e parciais da Comissão Eleitoral, e obrigou o Simers a realizar eleições para a escolha de seus dirigentes, Argollo, agora em seu mandato tampão à frente do Sindicato, acentuou uma de suas principais características: a produção de factoides. É claro, todos voltados à “resolução” dos problemas que afligem a categoria por longo tempo. Como que por mágica, alguns deles vêm encontrando “soluções” em reuniões com secretários de saúde, diretores de hospitais, políticos e outras autoridades. Tudo registrado por câmeras e microfones, devidamente publicado no site da entidade e divulgado de diferentes formas aos médicos. As “soluções”, no entanto, não são imediatas. Elas começam a ser empreendidas lentamente, estudadas e, talvez, quem sabe, a partir de março, provavelmente depois do dia 15 (em 14/3 encerra-se o período eleitoral no Sindicato).

Vemos esse filme a cada eleição partidária, especialmente produzido e exibido por quem está no poder há muito tempo. São as velhas promessas políticas. As propostas de Argollo na única eleição realizada em sua era de poder exacerbado, você lembra quais foram? Sabe se elas foram minimamente cumpridas? Então leia abaixo o folheto da campanha da Chapa 1 — Simers Independente, de 2006.

Volante-ChapaIndep-3

Vamos ajudá-lo na análise

Remuneração/Plano de Carreira: Quanto a sua remuneração, ela melhorou de 2007 até os dias atuais? Desconsiderando apenas reposições inflacionárias, qual foi o ganho real, ou melhor, a recuperação do poder de compra de seu salário/remuneração? Sobre Plano de Carreira: entregar propostas a prefeitos ainda é muito pouco. Mas antes de concluir sua opinião leia aqui.

Plantão 24 Horas (Diretor, advogado e jornalista): Já existe desde o primeiro mandato de Argollo em 1998, sendo que até pouco tempo o “plantão” de diretoria era exercido por um funcionário do Simers, que filtrava as ligações recebidas pelo 0800. Algumas delas realizadas por colegas em estado de aflição, querendo uma resposta imediata do diretor de seu Sindicato, mas que encontravam apenas uma etapa burocrática até alcançar seu intento. Os plantões realizado por jornalistas, não remunerados para essa função, estão sendo alvo de investigação do Ministério Público do Trabalho (leia aqui), e que provavelmente irá gerar um passivo trabalhista considerável ao Sindicato.

Cartão-ponto: Nada de positivo aos médicos, que continuam cumprindo suas jornadas (não por metas) e “batendo cartão-ponto” agora por registro biométrico.

Precarização do trabalho: Algumas das “cooperativas” existentes foram substituídas por empresas. Surgiram as fundações e institutos, e a relação de trabalho direta empregador/médico está cada vez mais difícil de ser obtida.

CBHPM: Nenhum convênio adotou a tabela pela banda plena, nem mesmo a maior cooperativa médica.

Erro Médico: O projeto em questão não avançou, apesar das insistentes matérias produzidas pela revista Vox Medica dizendo o contrário. Sobre erro médico Argollo pensa que o melhor para a categoria é o sentimento de medo recorrente, isso fideliza o associado à entidade e à possível necessidade de usar seus serviços jurídicos (leia aqui).

Não se deixe enganar. Aliás, não se deixe usar por quem te engana.

Diga não à politicagem, vote Chapa 2 — Renovação Médica.

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